terça-feira, outubro 31, 2006

O ped(a)inte

No sentido POA/S.Léo na hora do rush entre a Estação Rodoviária e a Anchieta ele aparece, mostrando uma ferida na perna cuja circunstancia varia de vírus HIV à um acidente de trabalho, dependendo do dia.

O discurso da figura sempre começa com "Pessoal, eu sou feio assim mesmo, não se assustem..." (!!!). Se o objetivo é chamar atenção de cara nota 10: Os que não o conhecem desligam os mp3 ou tiram os olhos do Diário Gaúcho na hora, as crianças se agarram na mãe ou em quem estiver perto antes mesmo de vê-lo.
Depois eu sou chato e insensível, mas percebam os argumentos do cara para que eu dê os meus trocados para ele:
1-Uma ferida na perna causada cada dia por uma coisa;
2-A Sinceridade quanto à feiúra. O primeiro é uma contradição e o segundo uma apelação, mais que isso, é um precedente para sistema de cotas para feios e o Bolsa Feiúra.

Com essa auto-estima é claro que o cara ia acabar assim, como pedinte no trem. De que forma ele teria se dado bem na vida, conseguido um emprego honroso e uma mulherzinha mais-ou-menos? Chegando em numa entrevista de emprego ou numa mina no bailão e largando um "Oi, eu sei que sou feio mas..."

2 comentários:

K. disse...

não desista dessa crônica (:

Anónimo disse...

Cris...

É real, daria pra escrever um Best Seller do que presenciamos nos metrôs...a gente vê cada coisa, os tipos mais esquisitos do momento vc ira encontrar num metrô...com certeza!

Eu acho que já está lhe causando seqüelas essa sua vida diárias em metrôs...rs