quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Ando meio sábio, ou tolo

"O sábio não diz o que sabe, e o tolo não sabe o que diz."
Provérbio Chinês

segunda-feira, novembro 20, 2006

Encontros Impossíveis do Cinema

Dadinho e sua turma Vs. The Bubble Gum Gang

Nosso brasileiro, neste duelo, ainda é o Dadinho antes de ser Zé Pequeno. Atira a sangue-frio em pessoas em um Motel, seja funcionários amarrados ou clientes com as calças nas mãos e acha isso muito divertido em Cidade de Deus. Os adversários, uma gang eslovena onde o mais velho não passa de uns 9 anos de idade, e mesmo assim são responsáveis pela maioria dos crimes de roubo e assassinato cometidos na Eslovênia. Viciados em chicletes e cigarro, é bom ter uma das duas iguarias consigo se encontrar com eles. Caso tu tenhas os bagulhos em boa quantidade, eles te fazem qualquer servicinho, até mesmo quebrar a paus e pedras o carro e os cranios de capangas da máfia russa que por ventura estão atrás de você em O Albergue.

- для получения!!!
- Que mané cigarro zé ruela? Não tenho filho desse tamanho!
- новых линков!!!
- Hmm... Chiclete eu não tenho não... Mas vai levar umas balas então!

sexta-feira, novembro 17, 2006

Pesos mortos dormentes

Seja qual for a formação ou hierarquia de um profissional, quando este passa pela roleta (ou catraca, para não-gaúchos) ele é um peão. Peões trabalham, acordam cedo, ralam e voltam para casa cansados, assim como eu. Mas eu gostaria de saber qual lei da física especifica que toda a pessoa que senta ao meu lado e dorme, tende a ir caindo sempre para o meu lado. Na primeira cochilada a pessoa já dá aquela cambaleada em direção ao Cristian, quando ferra no sono mesmo aí fudeu. E tem aquelas que ainda se ofendem quando aproveito a freada do trem prá dar aquela chegada sem bola, mas no corpo ao estilo Felipão quando era zagueiro. Esperar a figura dormir no meu ombro não vou. Daqui a pouco já estarão pedindo cafuné também.

segunda-feira, novembro 13, 2006

Operadores (o nome já não diz?)

"Estação terminal Mercado, solicitamos a todos que desembarquem. Este trem será recolhido ao estacionamento, colabore com o operador fechando as janelas". São ou não são umas figuras carimbadas? Eu pago pelo serviço, logo, pago o salário do operador e ele vem me pedir para fazer o serviço que é dele? Não, não me custaria levantar a janela atrás de mim, que aquela tia na menopausa abriu para refrecar o que lhe estava quente numa manhã fria de inverno. Mas não vou fazê-lo, pois se a moda pega daqui a pouco teremos que ouvir: "Encontrou tudo que procurava? O Big agradece a preferência, pode colocar os seus produtos na sacola agora", ou então: "Feito senhor, o seu fogão está consertado, pode fazer a gentileza de colocar minhas ferramentas de volta na caixa enquanto eu pego uma ceva na sua geladeira?".
Operadores de Trem não tem um trabalho lá muito difícil, ficam brincando de carrinho bate-e-volta o dia inteiro, ganham muito bem para isso, tem estabilidade e ainda acham um saco ter que entrar nos vagões para fechar as janelas quando vão largar o trem no estacionamento? Motorista de ônibus ganha muito menos e não faz isso.

terça-feira, novembro 07, 2006

As bundas folgadas

19 horas, Estação Mercado, trem cheio. Os que pegaram lugar, pegaram os que não pegaram, ficam em pé. É a lei da natureza, da sorte e da física. Mas sempre tem quem está disposto a passar por cima destas leis, no famoso jeitinho brasileiro:

- "Ei gente, se vocês derem uma apertadinha cabe mais um nesse banco".
Geralmente essa frase é de uma tia gorda que já vem direcionando aquela sua bunda. Ma maioria das vezes as pessoas, pegas de surpresa e com uma prejudicial falta de tolerância zero, a contragosto acabam se apertando no banco para a folgada bunda da folgada.

Mas às vezes pode acontecer a resistência:
- "Ei gente, se vocês poderiam dar um lugarzinho a mais aí pra mim?"
-"NÃO!" - responde alguém que mesmo trabalhando o dia inteiro, soube se posicionar estrategicamente na plataforma e ter agilidade na hora do estouro da boiada.
A folgada continua ali parada com sua bunda, meio que não acreditando que um dia alguém iria dizer não.
-"Meu rapaz. É só uma apertadinha, não vai fazer mal pra ninguém, o que que custa?"
E apela para um clichê engraçadinho para passar por gente boa e ao mesmo tempo tornar o resistente um antipático mau-humorado:
- "Esse banco é como coração de mãe... sempre cabe mais um...."
O desalmado, mau-humorado, ranzinza, cansado e a essa altura, um verdadeiro anti-cristo, mas mo se sentindo visto com todos esses adjetivos, sabe que está no seu direito e perde a paciência:
-"Minha senhora, como todos podem notar, este banco foi projetado para quatro pessas sentarem confortavelmente. Eu estou confortável aqui. A senhora quer me convencer de que devemos ficar entre CINCO pessoas no desconforto simplesmente para que UMA não tenha que ir em pé? - Nesse caso, o egoísmo é todo seu, minha senhora."
O trem segue viajem, com os bancos para duas pessoas, com duas pessoas, os bancos de quatro pessoas com quatro pessoas e os bancos de seis pessoas, com seis pessoas. Pelo menos naquele vagão.

terça-feira, outubro 31, 2006

O ped(a)inte

No sentido POA/S.Léo na hora do rush entre a Estação Rodoviária e a Anchieta ele aparece, mostrando uma ferida na perna cuja circunstancia varia de vírus HIV à um acidente de trabalho, dependendo do dia.

O discurso da figura sempre começa com "Pessoal, eu sou feio assim mesmo, não se assustem..." (!!!). Se o objetivo é chamar atenção de cara nota 10: Os que não o conhecem desligam os mp3 ou tiram os olhos do Diário Gaúcho na hora, as crianças se agarram na mãe ou em quem estiver perto antes mesmo de vê-lo.
Depois eu sou chato e insensível, mas percebam os argumentos do cara para que eu dê os meus trocados para ele:
1-Uma ferida na perna causada cada dia por uma coisa;
2-A Sinceridade quanto à feiúra. O primeiro é uma contradição e o segundo uma apelação, mais que isso, é um precedente para sistema de cotas para feios e o Bolsa Feiúra.

Com essa auto-estima é claro que o cara ia acabar assim, como pedinte no trem. De que forma ele teria se dado bem na vida, conseguido um emprego honroso e uma mulherzinha mais-ou-menos? Chegando em numa entrevista de emprego ou numa mina no bailão e largando um "Oi, eu sei que sou feio mas..."

segunda-feira, outubro 02, 2006

E o teu umbigo?

75% dos brasileiros admitem que seriam capazes de cometer irregularidades em cargos públicos

E o que já não se faz fora da política?
Para tu ler e refletir, enquanto tu reinstala o Windows pirata, ouve teus mp3, falsifica assinatura dos coroas pra poder entrar na "balada", usa a carteirinha da facul vencida pra pagar meia no cinema, deixa o filho de 15 sem carteira dar bandinha de carro na praia etc, etc, etc, etc,etc, etc, etc, etc,etc, etc, etc, etc,etc, etc, etc, etc,etc, etc, etc, etc,etc, etc, etc, etc,etc, etc, etc, etc,etc, etc, etc, etc,etc, etc, etc, etc,etc, etc, etc, etc,etc, etc, etc, etc,etc, etc, etc, etc,etc, etc, etc, etc,etc, etc, etc, etc,etc, etc, etc, etc,etc, etc, etc, etc,etc, etc, etc, etc,etc, etc, etc, etc,etc, etc, etc, etc,etc, etc, etc, etc,etc, etc, etc, etc,etc, etc, etc, etc,etc, etc, etc, etc,etc, etc, etc, etc,etc, etc, etc, etc,etc, etc, etc, etc,etc, etc, etc, etc,etc, etc...

Eita terrinha!

Minha cidade perdeu a vaga na assembléia mas nem por isso deixou de ser notícia nacional, graças ao camarada que resolveu estar "bem alimentado" para presidir a seção eleitoral.
É com você Adeilson!

quarta-feira, setembro 27, 2006

Feliz parabéns

Pois este blog fez um ano ao quarto dia deste mês e ninguém lembrou. Nem eu. Amanhã tem o meu, que já teve ano que esqueci também. É muita data em setembro prá lembrar. Aniversários de amigos, meu, do Grêmio, do Stephen King, da Independência, dos Farrapos, do atentado em NY...

domingo, setembro 24, 2006

Sala de Espera

Odeio esperar. Resmungo isso toda hora na parada do ônibus, no metrô, na fila do banco. Mas eu já deveria estar acostumado. Mesmo sem saber, a gente já espera para chegar nessa gigantesca sala de espera chamada chamada mundo. Nele, tudo é uma cadeia de esperas. Esperamos ter dentes para comer algo descente, Esperamos crescer para poder dirigir, perder o cabaço, trabalhar. E o que é o trabalho senão uma espera por um salário, que chega para sanar a espera de adquirir algo ou pagar parcelas daquilo que não conseguimos esperar. Esperamos férias. Vamos criando esperanças. E esperamos o aumento de salário para saciar sua fome, enquanto ela cresce a alimentamos mais. Esperamos aquela grana que temos direito, mas a justiça é a arte de gerenciar a espera. Enquanto isso, continuamos esperando. Esperamos alguém para esperar junto com a gente esperas em comum: esperar um casamento, esperar uma casa, esperar o bacuri que vai chegar para também ter suas esperas. Esperamos ele crescer para dar menos trabalho.
Esperamos o filho da puta do juiz terminar o jogo. Podemos estar famintos, mas temos que esperar a comida ficar pronta, que comemos já esperando fumar um cigarro logo depois. Fodemos esperando gozar, fumamos esperando, foder de novo. Esperamos para votar em alguém, na decepção, esperamos para poder votar em outro. Lemos esperando o fim da história e nem percebemos que a explicação estava na página 57 terceiro parágrafo. Olhamos o filme esperando o desfecho, depois esperamos a continuação, durante isso mastigamos uma pipoca, já com outra na mão.
Tudo é uma espera, só fazemos esperar. Que musica idiota é aquela "bem vamos embora que esperar não é fazer". Notem que o cara que escreveu isso tava esperando a democracia. Ela chegou, será que ele está feliz agora.
Mas quem espera sempre alcança e chegamos o fim da espera, quando chamam a nossa ficha nessa grande sala de espera. Uma ficha em branco, sem números, pois não há ordem de chegada na grande sala de espera, nem de ser chamado.
Do outro lado, teremos outra sala de espera, de uma forma, ou de outra.

segunda-feira, agosto 21, 2006

Sorte de Hoje comentada

Sorte de hoje:
Seus princípios valem mais para você do que dinheiro ou sucesso

Nenhum comentário engraçadinho hoje. Esse é piegas mas verdadeiro.